domingo, 28 de fevereiro de 2010

talvez o nosso mundo seja o inferno de um outro planeta....


Somos por vezes surpreendidos com observações Kouvimos…..
e nas quais nunca tínhamos pensado, mas que nos deixam a pensar …..

Talvez o nosso mundo seja o inferno de um outro planeta....

É uma hipótese que explicaria muita coisa.

Um turbilhão de ideias soltas,,,,,, a reencarnação, as viagens no tempo, os seres extra terrestres……..

Se o universo parece infinito, se há várias dimensões e talvez mundos paralelos, se na igreja insistem em falar no céu e no inferno, se …… então porque não?

Este mundo é afinal, para a maioria dos que o habitam o inferno ….. na terra (costumamos dizer)

Para muitos a sua vida miserável, é um rol de desgraça e sofrimento e perguntam-se onde ficou a sua quota-parte de sorte, que a todos devia ser devida….

Mas, se a sua vida for o seu castigo, muita coisa ficaria explicada!

Será prática por lá?


Ouviu-se a campainha da escola, minutos depois as crianças jorravam pelos portões, umas a correr outras a conversar, outras ainda com um olhar ansioso que procurava o familiar que habitualmente as ía buscar no fim de mais um dia de aulas.
Um tom mais elevado de vozes fez-me virar o olhar para o que parecia uma discussão entre dois rapazes dos seus 12/13 anos. Como os conhecia tentei perceber o porquê da divergência. Não consegui, um deles, chinês, (filho dos donos da loja dos chineses lá do sítio) falava na sua língua, que, não sei por que magia, parecia ser compreendida pelo outro (moço lá da terra). Depressa passaram à acção, entre socos e pontapés, a batalha estava no auge, e o oriental estava a apanhar uma sova.
Não foi salvo pelo gongo, mas pelo irmão caçula, um puto dos seus seis anos, que ao ver o seu irmão em apuros fez uma coisa extraordinária: abriu as calças, sacou da pilinha e de lá saiu um repucho de líquido amarelo direccionado para o adversário do irmão. E que pontaria o rapaz tinha! Também se percebia que havia horas que não esvasiava a bexiga, tal era a quantidade de líquido que de lá saía directamente para cima do outro que não teve outro remédio senão sair dali a correr, desejando certamente não encontrar ninguém até chegar à sua casa de banho para se livrar do perfume oriental que se entranhara no seu corpo.

A voz da autoridade



Estava eu mal estacionada - mas só por alguns minutos - enquanto esperava por uma colega.


Em sentido contrário, a descer a rua vem uma outra colega e detem o carro paralelemente ao meu, abrimos os vidros das janela e ficamos a conversar uns segundos.


O espaço entre os nossos carros era o suficiente para caber outro, mas apertadinhos.


Sem me aperceber com a necessária antecedência, por estar embrenhada na conversa, só vi o vulto de um carro que passou no meio de nós, com uma velocidade imprudente para tão pouco espaço e começa-se a ouvir, através de um altifalante " minhas senhoras, se querem por a conversa em dia é favor procurar um parque de estacionamento".


Ok, fomos chamadas a atenção por algo menos correcto que estavamos a fazer. Mas seria necessário, que além de nós, todas as pessoas num raio de muitos metros ouvissem a advertência?


Não teria o mesmo efeito, já que tivemos com os carros praticamente colados, passar a mensagem de uma forma mais discreta sem a utilização de tecnologias de alta voz?

sábado, 27 de fevereiro de 2010

os nossos filhos


Nós pais, temos sempre assunto quando se trata de falar de filhos.
Os nossos filhos, mesmo depenados e desajeitados são os nossos heróis.

Na margem de segurança da nossa memória, recordamos sempre aquilo que foram as suas proezas, onde a nossa intervenção fica bem clara.

Perante os filhos dos novos pais, os nossos, de outra geração, ficam por vezes a perder nas histórias que envolvem os telemóveis, os computadores e filmes de ficção a 3D, que nós pais á antiga tentamos minimizar, valorizando essas faltas com outros ganhos, o das brincadeiras de rua, dos soldadinhos e das casinhas da barbie e dos nenucos.

Mas estes debates ficam sempre por aqui, os novos pais fazem aos filhos aquilo que nós, os mais antigos fizemos aos nossos, dar-lhe as ferramentas da sua geração, para enfrentar o seu mundo novo.

Qual a infância melhor vivida? A infância do amor, da entrega incondicional dos pais aos filhos.
Aos pais a prioridade deverão ser os filhos e não os amigos, o trabalho, a carreira, porque a esses retomamos mesmo depois de umas férias e aos filhos não devemos dar férias, ou no nosso regresso já encontramos preenchido o vazio que deixamos, ou um vazio que não voltamos a preencher.
Ser pai é uma tarefa para a vida.

A filha da professora

Estava eu a iniciar um programa numa turma do 1º ano do 1ºciclo.


Apresentei-me.

As crianças foram-se apresentando.

Mas o que eu quero aqui partilhar com voçês foi o que me disse uma das crianças, quando chegou a sua vez de se apresentar.

Passo a citar: "Sou a ...., sou de Guimarães e este ano ficámos colocadas em Odeceixe."

A derrocada




Aconteceu ontem...


Ao fim da tarde, no regresso a casa.


Como todos os dias, fazia o percurso do trabalho para casa. Já perto da "fronteira", sim, porque eu trabalho numa região e moro noutra, deparei-me com um carro que no tejadilho exibia um letreiro luminoso onde se lia "desvio". Perante este aviso aliviei a pressão no acelerador e uns metros mais à frente a estrada estava bloqueada por um monte de terra e pedras que só era superado em número e volume por um aparato policial digno de um filme americano.

Encontravam-se à minha frente alguns veículos cujos condutores tentavam avaliar a situação , tal como eu . Não sei se , tal como eu a preocupação maior era passar a fronteira.

De imediato, sinto-me numa jangada de pedra tal como a do Saramago, só que o que andava à deriva, não era a Península Ibérica, mas o Algarve, e eu estava do lado errado.

Fui acordada do meu devanei por uns toques no vidro da janela do carro. Era um agente da autoridade a fazer-me sinais para prosseguir viagem.

Passei por um caminho, que rasgado por alguma máquina , me permitia a passagem, qual istmo a ligar-me ao continente, ou seja, a casa.

Amiga da vizinha



A minha amiga e colega é também a minha co-piloto. Sim, co-piloto. Não, não fazemos ralis. Apenas viajamos juntas, para e do trabalho, numa rotina diária de vários anos.

Até aqui, nada de especial. Eu gosto de conduzir, ela não sei se gosta, mas não gosto que ela me conduza.

Como normalmente acontece, deixo-a em casa. Nesse dia abre a porta do carro e bate violentamente num carro já estacionado. Olha para mim, entre surpresa e assustada, quase que cheguei a ter pena dela.
Mas afinal não tinha motivos, como a seguir percebi. O seu olhar assustado antecipava a sua reacção mas não a minha, porque ouvi os motivos de tamanho incómodo.
Ai…. O carro da minha vizinha. Só isto. E aí, é que senti o forte abanão no meu querido carro.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O filho do meu colega


Na mesa do almoço as conversas entre os 4 habituais começam, terminam, ou não, pouco interessa, os assuntos também, tanto faz. Todos falamos e todos ouvimos, o interesse é mútuo. Aprendemos a ter respeito e a merecê-lo.

As questões laborais são discutidas com pormenores de cabeleireiro. As questões pessoais são obrigatórias, antes que um regresso a casa traga novos desenvolvimentos. E as novelas caseiras vão sendo desvendadas com a mesma fórmula de sempre, os colegas com filhos pequenos são os mais escutados.

Dizia um dos pais que o seu filho, confrontado com uma asneira que tinha feito e pressionado, no sofá, com a cara de poucos amigos do pai, tinha dito em jeito de assunto arrumado. O boneco encarnado disse para eu fazer derrubar o João e o boneco verde não me impediu. De quem é a culpa pai? Fomos esclarecidos que estes bonecos, criados pela mente do filho, são os responsáveis pelas acções mais ou menos atrevidas da criança. Calculo que a reacção do pai tenha sido igual á nossa. Não se pode castigar alguém pela culpa de três.

Virão estas crianças, estes fedelhos que ainda não pronunciam bem a língua materna, arranjar argumentos dignos de mentes diabólicas, como são a de experientes advogados ou de sagazes políticos. Estarão as suas cabecinhas programadas com chips de 4ª geração? Creio que sim, só os nossos neurónios, esses vão se apagando, á falta de oxigénio, ao excesso de álcool, e feitos de uma massa mais cinzenta que eficaz.

Mas na nossa cabeça esses conflitos também existem, e parece que cada vez mais os bonequinhos verdes ficam a perder, a força dos vermelhos impõe-se.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sala de espera


Na sala de espera ….do dentista.

Enquanto lia a revista, disponível, sem capa e do mês passado, era incomodada por um rapaz, de 5 anos ainda mais impaciente que eu, que batia os pés como se quisesse abrir buraco no chão e por lá desaparecer.

O ruído incomodava-me a mim e á mãe do pequeno, que fez o que lhe competia, mandou-o parar, um pouco a medo acrescente-se. É que os pais sabem que 90% dos pedidos que fazem aos filhos não são atendidos. Como este não foi. A criança ainda acrescentou para que não ficassem dúvidas. Que queres que faça se não tenho mais nada que fazer. Irrefutável.

Calou-se a mãe mas não me acomodei eu. Olhei-o de soslaio, a medo também, que não me respeitasse mas também me sentia sem autoridade de repreender filho que não me pertence. Mas resultou, o rapaz parou, mas aumentou a sua frustração, não sabendo como me atingir. O meu olhar desarmou-o.

Encostou-se à mãe, que mais aliviada tentava, sem sucesso, que a filha, de meses, não destruísse a capa de outra revista. Calculando o pequeno que a atitude da irmã, deveria merecer a minha, já conhecida reprovação, foi porta-voz da irmã, em direito de resposta. Mãe, a Joana está a dizer que quer comer papel. E só. Olhou-me e sentiu-se novamente dono da situação, ou antes, dono da sala de espera.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Escutas


Escutas……


Acho que temos a solução, para a credibilidade.

Se não confias no que o teu marido diz, ouve os seus telefonemas com um amigo.

Já não acreditas nas promessas dos políticos, lê as transcrições das suas conversas com colegas de partido.

Não sabes se na festa de domingo estavas magnífica, escuta as amigas à porta da casa de banho.

Se duvidas das boas relações entre futebolistas e staff vê as imagens gravadas nos balneários.

Quando o teu colega diz que te ajuda mas duvidas, espreita pelo buraco da fechadura.

O mundo moderno deu nisto, ninguém fala o que pensa e se fala ninguém acredita…
se queres ouvir o que não gostas mas precisas de saber a verdade, usa da imaginação e da tecnologia ou das manobras dos “cuscas” …………

Estes comportamentos que temos não são por mera curiosidade mas por puro interesse em descobrir a verdade………… valha-nos essa.