sexta-feira, 19 de março de 2010

Falta de orientação


Exercício nocturno promovido pela Escola, dirigido a alunos e professores.

Nesta actividade, ser professor não nos trazia vantagem. A mim então, que tenho o sentido de orientação avariado e sem garantia, sentia-me a aprender chinês.

Depois de jantar e já noite cerrada, fomos reunidos para ouvir explicações técnicas sobre orientação.

Depois da sessão teórica, foi explicado em pormenor como se fazia a orientação com azimute.

Os técnicos entregaram várias bússolas e fizeram uma explicação pormenorizada da técnica, uma vez que posteriormente cada grupo recebia coordenadas de vários alvos e o grupo vencedor era o que chegasse primeiro depois de passar pelos pontos assinalados.

Como já referi, eu e o meu colega Pedro, revelamos na sessão teórica, deficit de atenção.
Convencidos que não nos serviria prestar atenção a algo que nunca chegaríamos a saber por em prática.

Na fase seguinte, foi pedido que se organizassem grupos de 6 pessoas. Rapidamente os alunos seleccionaram os colegas, e curiosamente não convidavam os professores.

Perante a possibilidade de termos de nos orientar sozinhos em terreno “minado”, e de nos perdermos, aproximamo-nos de vários grupos oferecendo a nossa prestação.

Curiosamente, ou talvez não. Até aqueles alunos que nós conhecemos bem por serem os mais traquinas e desatentos, logo justificavam a nossa rejeição. A professora não ouviu nada. Não sabe usar os aparelhos. Esteve sempre a rir com o professor Pedro.

E, era verdade. Não prestei qualquer atenção. Se ia trabalhar em equipa, bastaria que dois deles soubessem o que andavam a fazer. Enganei-me.

Sentimos na pele a frustração de sermos rejeitados e de grupo em grupo a situação repetia-se.

Os alunos procurando passar a “bola”, ou seja nós, iam de grupo em grupo tentando convencer os colegas a receberem-nos.

Foi por respeito e não por competência que um grupo nos aceitou. Custou-nos caro. A má prestação do grupo foi-nos desde logo e até hoje atribuída.

3 comentários:

  1. Então e a teoria que os professores têm que dar o exemplo!

    Acho que perderam a autoridade de chamar a atenção aos vossos alunos.

    Não referes a vossa classificação. Presume-se que ficaram nos primeiros a contar do fim. E a culpa não foi dos alunos.

    Ai Ai, mais cuidadinho com os exemplos que dão, não se esqueçam que são referências...

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  2. O curioso, foi que esses dois personagens da foto, os mais traquinas da escola,
    terem dado conta num grupo de 60 pessoas que eu e o Pedro não tinhamos ouvido a explicação nem sabiamos utilizar a técnica do azimute.

    Pedagogicamente este dado pode ser uma mais valia: quando pensamos que eles não ouvem, enganamo-nos........

    quero acreditar

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  3. Esta experiência foi excelente... Pelo menos eu e a Balb.. dominamos o azimute mesmo sem perceber nada disso... conseguimos colocar o pequeno aparelho a dar-nos orientações maravilhosas, se era para ir para sul nós rumávamos para norte, etc.. os nossos queridos alunos pulávam de alegria por pensar que estávamos orientados... ora, ora, quando os conseguimos convencer com o nosso "tonzinho de voz" de professor que sabe tudo, é fácil convencer aquelas probres cabecinhas, pena que passado algum tempo, os meninos se tivesse revoltado, arrancaram-nos abruptamente a bússola da mão e começaram a comandar, o resto é um frenesim total, eh eh eh
    No entanto, só quero dizer à menina Manuela que se cuide, não fomos os últimos eh eh eh pois quase tenho a certeza que nem 1/3 da prova fizemos... eh eh eh eh.
    contudo ficamos muito orgulhosos por termos sido observados pelos miudos e ainda por cima corrigidos.
    Balb conseguimos por os putos a pensar ... somos o melhores. ah ah ah ah
    bjs
    O Confuso

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